
As discursões foram pauta de encontro do movimento Governadores pelo Clima, que reuniu representantes dos estados do Nordeste e especialistas internacionais
O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, José Bertotti, participou, nesta quinta-feira (25), de uma reunião promovida pelo movimento Governadores Pelo Clima, para debater oportunidades de desenvolvimento da economia de baixo carbono. Foram apresentados projetos com ações integradas de mitigação dos efeitos climáticos para o semiárido, com iniciativas que envolvem energias renováveis (eólica e solar), regeneração do Rio São Francisco com elevação do nível hídrico, oportunidades de produção de Hidrogênio Verde, capacitação e geração de empregos.
Coordenado pelo Centro Brasil no Clima (CBC) e Instituto Clima e Sociedade (iCS), o evento reuniu o governador do Espírito Santo, Renato Casa Grande, e representantes das Secretarias de Meio Ambiente de dez estados do Nordeste e de Minas Gerais. Também participaram do encontro Annette Windmeisser, chefe da Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável da Embaixada da Alemanha; e Ignácio Asenjo, conselheiro de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da Delegação da União Europeia no Brasil.
De acordo com o chefe da pasta ambiental de Pernambuco, José Bertotti, o encontro mostrou alternativas para os estados avançarem nos seus compromissos com o modelo de desenvolvimento de baixo carbono. “Precisamos trabalhar as oportunidades de negócio no semiárido, região que temos em comum, e que possui grande potencial na área de energias renováveis. O que nos foi apresentado aqui reforça o tamanho desse potencial e traz oportunidade para discutirmos mais sobre como utilizarmos esses recursos para promover o desenvolvimento econômico sustentável, principalmente com capacitação e geração de emprego”, argumentou.
Sérgio Xavier, coordenador de projetos do CBC, também destacou os resultados positivos da atividade. “Esse encontro foi histórico. Nos mostrou que é possível trabalhar no Brasil em harmonia, pensando no melhor para todos, pois faz parte da construção de um processo colaborativo de integração de políticas para o semiárido brasileiro, agregando uma série de eixos de energia, gestão hídrica, inclusão social, capacitação e redução das desigualdades”, pontuou. Segundo ele, novas agendas estão sendo programadas para ampliar o debate sobre o tema. Serão promovidos encontros divididos por eixos, com representação de várias esferas do governo e instituições da área ambiental.