A participação do Governo de Pernambuco na Conferência da ONU sobre Mudança do Clima – a COP27, no Egito, através da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), está apresentando ao mundo o protagonismo do Estado na agenda climática, com a implantação de políticas públicas importantes no enfrentamento aos causadores da emergência climáticas.

Confirmando mais uma vez a aptidão para o estabelecimento da cooperação internacional, a COP deste ano está proporcionando diversos encontros entre líderes regionais interessados na implementação da agenda climática e ambiental. Na agenda desta segunda-feira, 14, a gestora da Semas, Inamara Melo, junto com a Superintendente de Sustentabilidade e Clima, Samanta Della Bella, acompanharam um importante debate com  representantes de governos subnacionais de Quebec e British Columbia, no Canadá, Casablanca, no Marrocos, e Califórnia, nos Estados Unidos, sobre o mercado de carbono estadual e a adesão à plataforma de precificação de carbono.

Juntamente com outros estados brasileiros, Pernambuco participou de uma conversa com representantes de Casablanca, maior cidade do Marrocos, que assim como o estado pernambucano necessita avançar nas políticas de adaptação no semiárido. O governo da província africana também sinalizou grande interesse em implantar uma governança entre as regiões do seu país de forma semelhante ao trabalho que é desenvolvido na Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema). Novos encontros foram propostos com os governos para aprofundar os temas, amplificar a troca de experiência e transferência de conhecimento. 

Segundo Inamara Mélo, o trabalho realizado pela Abema para o avanço da agenda climática dos estados brasileiros tem nos mostrado a importância da colaboração e troca intergovernamentais. “Os governos do Canadá, junto com a Califórnia, têm seus mercados estaduais de carbono estruturados há quase 10 anos e têm muito interesse em disseminar as lições aprendidas”, afirmou.

Por outro lado, o governo regional do Marrocos quer entender como engajar outras regiões para o avanço climático e novas estratégias para a agenda de adaptação nas regiões com escassez de água. “Conversei bastante com o Presidente da Região de Casablanca-Setta, região que responde por 50% das emissões de GEE do Marrocos e sofre enormemente com o estresse hídrico. Temos muito o que aprender, e temos também o que ensinar. Esse movimento de troca certamente catalisa o progresso de todos para o atingimento dos compromissos climáticos”, explicou a secretária estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade.