Leão do Parque morre por complicações do câncer

O estado de saúde do felino que era considerado um dos mais velhos do Brasil, se agravou desde a última quinta-feira (14). Ele veio a óbito na manhã deste sábado, apesar de todos os esforços da junta de veterinários que tratava o animal

O leão do Parque de Dois Irmãos – uma das principais atrações do equipamento e carinhosamente chamado de Léo pela equipe técnica do zoológico – morreu na manhã deste sábado (16/01), em virtude das complicações de uma neoplasia (presença de células cancerígenas) na região da mandíbula, além de um comprometimento das funções hepáticas. Desde o diagnóstico, o felino considerado idoso para a sua espécie vinha sendo cuidado por uma junta de especialistas na área veterinária, que trabalharam incansavelmente para reverter a taxa de crescimento do tumor e melhorar a sua função hepática.

Márcio Silva, médico veterinário e gerente técnico científico de fauna do zoológico, falou emocionado: “a junta de especialistas que cuidava de Léo, entre oncologista, cirurgiões, anestesistas, tratadores, além de doutores com experiência em terapias alternativas para animais silvestres, fez um tratamento muito cuidadoso para melhorar as condições de saúde do animal, tendo como principal objetivo garantir o seu bem-estar. Infelizmente, como havíamos comunicado anteriormente, este tipo de neoplasia é a maior causa de morte entre os felinos abrigados sob os cuidados humanos, e não conseguimos reverter o seu quadro, apesar de todo empenho da equipe técnica envolvida”.

Léo havia completado 21 anos no dia 30 de dezembro do ano passado. Na data, os técnicos do Parque, equipamento ligado à Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas-PE), preparam um presente especial para ele: picolé de sangue e uma caixa de presente com carne. Desde quando foram notados os primeiros sinais da existência de um problema e a realização de exames, o Parque de Dois Irmãos intensificou a rotina de acompanhamento de Léo, com visitas e avaliações diárias de veterinários e biólogos, inclusive com câmeras noturnas. Tudo foi registrado em um prontuário próprio para ele para acompanhamento da junta veterinária.

 

 

Foto: Lu Rocha/Semas-PE