Iniciativa visa reconhecer, divulgar e incentivar boas práticas socioambientais em prol do desenvolvimento sustentável e da preservação do meio ambiente
O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e da Agência de Meio Ambiente (CPRH), lança, nesta terça-feira (06), a 31ª edição do Prêmio Vasconcelos Sobrinho, que tem como objetivo reconhecer, divulgar e incentivar boas práticas socioambientais em prol do desenvolvimento sustentável e da preservação e manutenção do meio ambiente. As inscrições podem ser feitas gratuitamente, até o dia 13 de novembro, através do preenchimento do formulário online (https://bit.ly/InscricoesPVS2020) no site da Agência.
“Por conta da pandemia do novo coronavírus, o anúncio dos vencedores do concurso será feito em cerimônia virtual, no mês de dezembro. O primeiro colocado de cada categoria receberá o prêmio no valor de R$ 3 mil, outorgados pela CPRH”, enfatizou o diretor presidente da CPRH, Djalma Paes. O regulamento está disponível no site da CPRH (www.cprh.pe.gov.br), com informações sobre os critérios para que iniciativas de bons resultados, de empreendedores, instituições privadas e públicas e/ou associações sem fins econômicos registradas no Brasil, que tenham projetos já concluídos ou em fase final de conclusão, possam se candidatar e concorrer ao prêmio, em uma das sete categorias: Bem-estar animal; Inovação Tecnológica; Pesquisa Ambiental; Projeto e Prática Educacional; Destaque Municipal; Destaque da Imprensa e Personalidade do Meio Ambiente.
Vasconcelos Sobrinho – o prêmio criado pela CPRH é também o reconhecimento pela atuação do engenheiro agrônomo e ecólogo conservacionista João Vasconcelos Sobrinho (1908 – 1989), em defesa das causas ambientais em Pernambuco. Vasconcelos nasceu em Moreno (PE) e formou-se engenheiro Agrônomo pela Escola Superior de Agricultura de São Bento, hoje incorporada à Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
Dentre as tantas contribuições de Vasconcelos Sobrinho nas causas ambientais, através de trabalhos de pesquisa, gestão e literatura específica, listamos sua atuação como fundador e ex-diretor do Jardim Zoobotânico de Dois Irmãos, hoje Parque Estadual Dois Irmãos; professor titular da disciplina de Ecologia da UFRPE; fundador e supervisor da Estação Ecológica de Tapacurá; diretor do Serviço Florestal do Ministério da Agricultura, posteriormente denominado Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal – IBDF; membro da Delegação Brasileira para a Conferência das Nações Unidas sobre Desertificação, realizada em Nairobi, em 1977; fundador e diretor do Serviço de Inspeção Florestal e Proteção à Natureza do Estado de Pernambuco.
O professor e pesquisador da UFRPE, reconhecido como uma das maiores autoridades em ecologia na América Latina, foi responsável pelos primeiros estudos sobre a desertificação das regiões brasileiras, registrados nas suas publicações “As regiões naturais do Nordeste, o meio e a civilização”, de 1949, e “Processos de desertificação ocorrentes no Nordeste do Brasil: sua gênese e sua contenção”, publicado em 1982, entre outras.